Nosso Cantinho

Nosso Cantinho
por Pai Celso de Oxalá

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São Paulo, São Paulo, Brazil
Pai Celso de Oxalá nasceu no seio de uma família católica no dia 18 de abril de 1955 na cidade de Bragança Paulista, situada no interior de São Paulo. Desde criança sempre muito doente, quando aos 12 anos piorou muito e um médico constatou que ele tinha tuberculose. Um vizinho sensibilizado com seus pais, os levou até um Pai de Santo que conhecia. Era a casa de Pai Diniz de Osum, Osun Ofá Bi Omim Diniz Neri Pereira, que tinha o candomblé dele na Areia Branca, em Santos, onde através do Jogo de Búzios orientava o destino de vida de pessoas, não importando o sexo, raça, credo, etnia ou cor. Ao chegar a casa de Pai Diniz de Osum, Celso entrou em transe com seu Orixá pela 1ª vez. Após cuidar de Celso, Pai Diniz disse a ele que precisava "fazer o Santo", para assim, "criar" a energia de seu Orixá, Ogyian (Oxalá). Celso deveria zelar por seu Ogyian, juntamente com Osum, Ajori Eleda, seu segundo santo que também rege sua cabeça. Aos 13 anos, portanto há 43 anos, Pai Celso de Oxalá se recolhia para sua iniciação".

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

" Mãe dos filhos-peixe" Yemonja.


 Yemonja.

Seu nome significa a “Mãe dos filhos-peixe”. Originária do Rio Ogum, em Abeokutá, Nigéria, tem seus domínios nas profundezas das águas, de onde emerge para atender seus devotos, principalmente as mulheres que atribuem a elas poderes que favorecem a fertilidade e a fecundidade. É maternal, sempre pronta para amamentar as crianças sob seu domínio. Mas também sabe ser delicada, mantendo-se de espada em punho para defender seus filhos.

Arquétipos:
São autoritários e persistentes em relação aos filhos, são preocupados, responsáveis e decididos. São amigos e protetores e chegam às vezes, quando mulheres, a se comportarem como super-mães. São agressivos e até traiçoeiros, quando a segurança dos filhos e da família está em jogo; não gostam da solidão.

Devido à falta de sorte ou maré de azar, pescadores do Rio Vermelho, bairro de localização de Salvador – BA. Nos meados de 1923 com a diminuição dos pescados buscam ajuda a Senhora Mãe D’Água, Yemonja. Dois de fevereiro foi este dia, saíram para alto mar para assim ofertar presentes à deusa. Posteriormente obtiveram resultados satisfatórios com a pesca, conseguindo assim garantir a existência da família no que tange ao financeiro, como também na alimentação.
Ano após ano os pescadores repetiram essa cerimônia. Devemos salientar que era feita em conjunto com a Paróquia do Rio Vermelho, bairro da cidade de Salvador Bahia, devido ao sincretismo entre a Rainha do Mar e Nossa Senhora da Conceição. Em meados dos anos 60 houve uma reação da Igreja Católica contra o cerimonial... Alegando culto pagão, fazendo com que  a festa perdesse, oficialmente, a devoção à santa católica.
Prestem bem atenção: A igreja de Santana, localizada no mesmo local da festa, sempre mantém as portas fechadas. Mas, a fé do povo não está em ser desta ou daquela denominação, e sim na busca desenfreada aos anseios de um amanhã melhor.
Muitos sãos os que comungam desta oferenda, não necessariamente o povo Afro descendente do “Candomblé”, Umbanda ou Católicos. Enfim não existe distinção de raça, credo e cor. Bilhetes, cartas, frutas, flores, etc. são colocados nos “balaios” ou “cestos” devidamente enfeitados com laços e fitas de todos os tipos e cores.  O povo da Umbanda aderiu a este cerimonial agraciando a deusa Yemonja no seu habitat no litoral paulista, onde se reúnem num cerimonial mais que lindo, sempre objetivando o bem ao próximo e ao Universo.

Sejam Bem-Vindos!

 A chama da fé sempre presente no anseio da resposta da rainha do mar   “Yemonja”.  Mãe dos filhos-peixes
  
Asé o, Yemonja – Nlá Orisá Omi o o!

Pai Celso de Oxalá.
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2 comentários:

  1. Prezado Pai Celso,
    Venho acompanhando há muito tempo a sua trajetória e as postagens que vem realizando aqui em seu blog, tenho falado há muita gente a respeito, familiares, amigos, porque todas as suas mensagens nos passam informações, conhecimento, cultura, coisas estas tão importantes e que hoje em dia estão sendo desprezadas.
    Este seu texto sibre nossa Rainha Yemonjá (Yemanja!) é algo precioso que vale a pena ser lido, relido e nos dá a preciosidade de conhcer a respeito deste tradicional Orixa que é cultuado em todo o Brasil e porque não em todos os lugares do mundo.
    Parabéns, Amigo Pai Celso,
    Abraços,
    Marcio Bessa

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  2. Texto com riqueza cultural imensa, realmente não pode ser desprezado assim como bem falou o Marcio Bessa. É interessante refletir na passagem da cultura, e como ela se comporta atualmente. Independente de como é representada, vemos que a fé em Yemanjá é mantida forte, até por aqueles que mal a conhecem, e isso é mesmo uma coisa linda de se ver. As pessoas acreditam em uma mãe protetora, em uma mãe que dá forças e conforto. Nosso consciente coletivo, nos diz isso, é por isso que nós sentimos Yemanjá.

    Adoro ler seus textos, eles fluem, são gostosos.
    Abraços saudosos.
    Alex Miranda

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