OH, DANADA SOLIDÃO...

Quantas e quantas vezes em meio à multidão nos sentimos sós.
Olhamos para o lado e um vazio enorme nos abate,rebate, afrontando-nos. Um espaço neutro toma conta do nosso intimo imputando-nos de ações não importando quais as sejam.

Um ser vivente deste planeta sofrendo com a ação e nulo em suas metas, esbraveja...

Solidão, oh, danada solidão, o porquê tu bates em minha porta?
Luto contra ti, mas creio que a impotência do meu ser não é tão forte para mandar-te embora. 
Não estou sendo forte sinto que a senhora está instalada em mim.
Sinto-me num vazio terrível, tal qual é a impressão do nada... Nada mesmo!
Estou cercado pela minha família e nada representam.

Vou usar um termo tanto quanto esdrúxulo, oh, bicho tu me pegou.
Bicho como bicho de pé.
Como bicho do mato, como um bicho que não consigo reconhecer. 
Sem o meu valor devido, classifico-me doente, e creio que é o bicho...oh, solidão!

Sem entusiasmo, nada faço nada tenho vontade de fazer. Meu estado é de um inútil.
Estou num estado de inutilidade. Sim, é isto!

Sinto-me com muito medo, Medo do amanhecer, do que fazer no amanhã.
Ligo a televisão e fico no trocar canais através do controle remoto, nada  satisfaz.
Procuro através da rede de amigos uma distração. Faço uma postagem, e ninguém usa o curtir quanto mais o compartilhar. Desligo e ligo novamente meu computador, entro novamente nas minhas paginas, e nada de respostas dos tantos amigos que supostamente fiz nas redes.

E-mail . Só propaganda, nada proveitoso. Simplesmente propagandas.
O Vazio cada vez mais toma conta de mim. Oh, danada solidão!

O meu  amor próprio onde estás?  A quem amava, onde estás?
Sexo? Existe isso, ou isto, qual o termo melhor para ser usado, hein?...
Onde está o meu prazer? 

Bicho, oh, bicho de pé, qual o bicho, é você, Oh! Solidão.
“Será que usei algo” O bicho ta me pegando, será?

Oh, danada Solidão...

Meu emprego, ah, meu emprego, nada vezes nada!
A raiva, eu sempre fui parcialmente tranqüilo, e no hoje, cadê o hoje?
Oh, Solidão!

Pai Celso de Oxalá.